29 de novembro de 2004

O Pai Natal chegou mais cedo a este Blog!

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Pois é e neste caso o Pai Natal é um amigo meu que estuda em Nova Iorque e por acaso está a estagiar na Blue Note e... por acaso resolveu trazer-me o último registo de Wynton Marsalis, o qual serve de banda sonora ao filme homónimo, realizado por Ken Burns.

«Unforgivable Blackness» ainda não está disponível em Portugal, mas deve estar a caminho para o Natal.

«Jazz no País do Improviso!» vai ouvir e dele aqui dará nota já que os senhores da Blue Note em Portugal não respondem aos nossos e-mails e ligam-nos tanto como macaco a laranja! O úlitmo e-mail que lhes endereçámos já deve datar de Maio deste ano e até agora nada...

É, sabe sempre bem ter o apoio daqueles que deviam ter interesse em apoiar-nos a divulgar os trabalhos que editam...

Só mostra que estão atentos aos novos meios de comunicação e demonstra o valor que lhe dão!

Valem-nos a UNIVERSAL, a WARNER e a SONY porque mesmo a mediatizada editora portuguesa de jazz e não só (ou de não só e jazz...) que tem honras de página inteira no «Expresso» ainda não montou apeadeiro neste blog para o seu trem azul deixar algumas novidades de vez em quando.

A coisa tá negra, meus amigos e até parece que a locomotiva de promoção de algumas editoras ainda anda a carvão!

É só fumaça, é só fumaça...

Já agora, o filme «Unforgivable Blackness» estará disponível em DVD para venda ao público a partir de Janeiro de 2005.

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E como os americanos não brincam em serviço... está ainda disponível a biografia de Jack Johnson, o herói de «Unforgivable Blackness», o primeiro campeão negro de boxe na categoria de pesos pesados.

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28 de novembro de 2004

Joel Xavier grava e edita com Ron Carter!

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Já está nas lojas o registo que Joel Xavier realizou com Ron Carter em Setembro deste ano.

«Joel Xavier & Ron Carter: In New York» apresenta um conjunto de nove temas da autoria do guitarrista português, todos tocadas em guitarra acústica com o acompanhamento de Ron Carter no contrabaixo.

Sobre esta gravação, afirma Ron Carter: "...I have been on hundreds of recording sessions, but not many have been as much fun, or rewarding musically as recording with Joel Xavier".

Para quem não sabe, Carter é um dos melhores contrabaixistas de jazz de sempre, tendo tocado e gravado num dos quintetos mais importantes de Miles Davis.

Mais informações e audição dos temas em: http://www.joelxavier.com

Nunca comprei mais barato!

Comprei hoje o disco de jazz mais barato de sempre.

Por apenas 0,49 cêntimos trouxe para casa este «Guitar Chrsistmas» do guitarrista Jimmy Ponder, gravado em 1997 e editado em 1998.

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Por 5 euros trouxe também este «Zero», gravado por Greg Osby em 1998.

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Ambas as compras foram feitas na FNAC do Colombo.

Estão aí a rebentar!

A colecção de vídeos que Norman Granz produziu a partir dos concertos realizados na década de 70 no Festival de Jazz de Montreux já está a caminho das prateleiras das lojas nacionais.

Ao que «Jaz no País do Improviso!» apurou, a distribuição será feita pela SONY e neste momento estão já a ser colocados os selos do IGAC.

Esta colecção é extraordinariamente importante e «Jazz no País do Improviso!» já tem em sua posse o DVD do concerto de Ella Fitzgerald com Count Basie. Uma bomba de swing!

Aqui fica a lista completa destes concertos:

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26 de novembro de 2004

E a versão portuguesa?

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«Jazz: A Film by Ken Burns» narra, em 12 horas, a evolução do Jazz desde finais do século XIX até praticamente à actualidade, delineando as principais correntes e os respectivos mentores. É uma obra essencial para compreender o presente panorama do jazz.

Por isso mesmo, «Jazz no País do Improviso!» regressou de Madrid com esta série de DVD sobre a história do jazz, mas não compreende por que razão ela existe em Espanha, dobrada e legendada em Castelhano, e por cá nada...

Mais, o preço a que é vendida a nuestros hermanos é bastante acessível: 50 euros. Duvidamos que se ela chegar até nós se apresente com tal preço...

Se é que chega.

E se não chegar.... será por desinteresse da editora ou porque não existe mercado?

E se não existe mercado... será porque o preço de venda é muito elevado ou porque há poucos interessados?

Responda quem souber.

25 de novembro de 2004

Última hora: Dianne Reeves no CCB em Maio 2005

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Ela é uma das cantoras favoritas de «Jazz no País do Improviso!» e por isso é com muito prazer que aqui noticiamos em primeiríssima mão o concerto de Dianne Reeves agendado para o CCB em Maio do próximo ano.

Com Reeves deverá vir a sua banda actual, composta por Reuben Rogers (contrabaixo), Greg Hutchinson (bateria) e Peter Martin (piano).

A não perder!

Entretanto, Dianne Reeves acaba de lançar na editora Blue Note o seu primeiro CD com canções de Natal.

«CHRISTMAS TIME IS HERE» é uma selecção de 11 temas interpretados pela voz de Reeves, pelo pianista Peter Martin, por Reuben Rogers, no contrabaixo, e pelo baterista Greg Hutchinson. Além desta secção rítmica, aparecem ainda como convidados especiais os músicos Romero Lubambo (guitarra), Steve Wilson (saxofone), o incrível vibrafonista Joe Locke e o Sirius String Quartet.

Miles Eléctrico em DVD

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Acaba de ser lançado no mercado mundial um interessante documentário sobre a participação de Miles Davis no Isle of Wight Festival, ocorrido em 1970, perante uma audiência de 600 000 pessoas...

Em foco em «Miles Electric: A Different Kind of Blue on DVD» está, naturalmente, a fase eléctrica de Miles Davis, músico que em 1971, um ano depois deste mesmo evento, tocou em Portugal, no I Cascais Jazz.

Este DVD é realizado por Murray Lerner e conta com entrevistas a músicos que tocaram com o mago do trompete, nomeadamente Chick Corea, Herbie Hancock, Keith Jarrett, Dave Holland e Gary Bartz, assim como depoimentos de Carlos Santana e Joni Mitchell, seus fans confessos.

Este novo DVD está à venda já nos EUA (onde custa cerca de 18 euros na Amazon) e em França (onde custa 19,90 euros na Fnac).

23 de novembro de 2004

XV Galp Jazz

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Está aí à porta o XV festival Galp Jazz e «Jazz no País do Improviso!» tem 3 entradas duplas para oferecer aos 3 leitores que primeiro deixem aqui um post com a frase: «XV Galp Jazz, eu estou lá!».

O concerto é já no próximo dia 11 de Dezembro, no CCB e conta com o Sexteto de Jazz da ESMAE (1.ª parte) e o inédito dueto composto por Mulgrew Miller e Steve Nelson.

SEXTETO ESMAE

Este grupo, composto por alunos que frequentam o curso de Jazz na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo - Porto), há dois anos que tem representado a Escola em diversos eventos, traduzindo o reflexo do trabalho que se vem desenvolvendo no único curso de Jazz de nível superior existente em Portugal.

O seu repertório é constituído por standards do jazz e do "American Song Book" e por temas originais dos alunos. Foi o vencedor do I Concurso Nacional de Escolas de Jazz, realizado no âmbito da 2ª Festa do Jazz no Teatro S. Luís, que teve lugar em Lisboa, em Abril do ano em curso.

MULGREW MILLER E STEVE NELSON

Mulgrew Miller e Steve Nelson são dois expoentes do jazz contemporâneo, respectivamente no piano e no vibrafone, e têm encontro marcado neste Galp Jazz para a partilha de timbres, ritmos e improvisos musicais.

Mulgrew Miller

Mulgrew Miller é um dos pianistas mais requisitados no meio jazzístico de Nova Iorque e tem vindo a estabelecer-se como um dos mais cotados a nível internacional, sendo-lhe creditadas influências de pianistas como McCoy Tyner e Wynton Kelly.

Nascido no Estado do Mississipi, em 1955, Miller iniciou a aprendizagem do piano aos seis anos de idade e ficou definitivamente marcado pela música de Oscar Peterson, que o fez desejar ser pianista de jazz e passou a adoptar como referência.

Com os professores certos, onde se incluem o recentemente falecido James Williams e Donald Brown, Miller foi orientado para a audição dos melhores jazzmen e acabou a tocar em algumas das formações e escolas mais importantes do jazz: a orquestra de Duke Ellington, então dirigida por Mercer Ellington, os Jazz Messengers, de Art Blakey, o quinteto de Woody Shaw e o grupo da cantora Betty Carter.

Não deixa de ser notável que Mulgrew Miller, que tem gravado com todos os grandes nomes do jazz, seja o segundo pianista presente em maior número de discos (400!), sendo ultrapassado apenas por Kenny Barron... Como líder, o seu primeiro registo data de 1985.

Steve Nelson

A actividade profissional de Steve Nelson teve início por volta dos 20 anos e logo com um dos grandes nomes da guitarra jazz, o lendário Grant Green...

Nascido em 1954, em Pittsburgh, Nelson cedo se mudou para Nova Iorque e aí começou a gravar com músicos como James Spaulding (1976), e Kenny Barron (1980). Depois de concluídos os estudos na Rutgers University, o vibrafonista gravou com Bobby Watson (1983), tendo posteriormente começado a tocar com músicos como Mulgrew Miller, Ray Drummond, Donald Brown e Geoff Keezer.

Entre 1994 e 1997, Steve Nelson fez parte do quarteto de Dave Holland e desde este último ano que integra o quinteto e orquestra deste contrabaixista, fazendo igualmente parte do quinteto do lendário pianista George Shearing, o qual actuou no Estoril Jazz em 1995.

Como líder, Nelson gravou o seu primeiro registo discográfico em 1987, «Communications», tendo gravado, como sideman, com Kenny Barron, Mulgrew Miller, Lewis Nash e Jackie McLean, entre outros.

BILHETES:

Preço 5,00 - 25,00
Locais de venda de bilhetes:
Centro Cultural de Belém
Tel: 21 361 24 44
www.ccb.pt
Ticket Line/Reservas: 210036300 - www.ticketline.pt
:Fnac Service- Centro Comercial Vasco da Gama e Atrium Saldanha
Lojas Fnac e Abreu
ABEP
Agência Alvalade- C.C. Alvalade

Ronnie Scott tinha sangue lusitano

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Ronnie Scott, o saxofonista britânico e fundador do clube homónimo em Londres, tinha ascendência portuguesa.

A sua mãe, Sylvia, apesar do nome "very british" era de facto descendente de uma família portuguesa.

Ronnie Scott, cujo nome de baptismo é Ronald Schatt, nasceu a 28 de Janeiro de 1927, em Londres, e viria a morrer nesta mesma cidade, no dia 23 de Dezembro de 1996.

Quanto ao clube, o Ronnie Scott, foi inaugurado em Londres, em 1959, e viria a tornar-se uma das mais emblemáticas casas do jazz na Europa.

A informação sobre a biografia de Ronnie Scott pode ser encontrada aqui.

21 de novembro de 2004

Chega ao fim a XXI edição do Festival de Jazz de Madrid

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Terminou ontem a XXI edição do Festival de Jazz de Madrid, evento que teve início no passado dia 15 de Outubro, com a actuação de Paco de Lucia.

Este ano os grandes cabeças de cartaz na área do jazz foram McCoy Tyner e o seu trio, Wayne Shorter e o seu quarteto, a Dizzy Gillespie All Stars Big Band, Brad Mehdau e o seu trio, Maceo Parker, JackDeJohnette, John Scofield e Larry Goldings (juntos num concerto de homenagem ao baterista Tony Williams) e Ron Carter.

Ao todo, foi mais de um mês de jazz distribuído por diferentes salas e clubes de jazz, onde houve inclusivamente espaço para palestras, sessões para crianças e para levar o jazz para a rua, com a Spirits Jazz Band a desfilar nas principais zonas turísticas de Madrid.

E Lisboa, por que espera?

Esta é a grande questão...

Favor endereçar ao actual Presidente da Câmara Municipal.

A cultura e o investimento na mesma faz toda a diferença entre as cidades realmente europeias e desenvolvidas e as que apenas se situam na Europa.

À atenção dos fans de Diana Krall

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A editora Verve anuncia para 23 de Novembro «Diana Krall - Live at the Montreal Jazz Festival», um novo DVD da cantora canadiana.

20 de novembro de 2004

Novas sobre a história do Jazz em Portugal

De passagem por Madrid (conforme noticiado nos anteriores posts) «Jazz No País do Improviso!» tem estado a fazer importantes descobertas sobre a história do Jazz em Portugal atendendo a que grande parte dos jazzmen que passaram por Lisboa tocaram previamente em Madrid e prestaram declarações a jornais e revistas locais, mais tarde divulgadas em livros da especialidade.

Foi precisamente a um desses livros, que teimava em escapar-nos desde Agosto, que conseguimos finalmente deitar a mão.

Vale!

Não resistimos...

Já que estamos em Madrid não resistimos a mirar uma loja de CD's e a fazer algumas compras a preços de saldos, daqueles que dificilmente se encontram em Lisboa em tanta qualidade e quantidade.

Eis o que comprámos hoje:

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Infelizmente o que comprámos é bem inferior ao que queríamos comprar... Já para não dizer que a busca nas prateleiras foi feita autenticamente à cotovelada com outros amantes do jazz ávidos de apanhar as melhores promoções, nem que fosse à custa de nos atirar «borda fora»!

Interessante capital esta em que os saldos do jazz são disputados taco a taco.

Bernardo Sassetti no 7.º Festival de Jazz de Toledo

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A fazer uma pequena pausa em Madrid, «Jazz no País do Improviso!» andou hoje por Toledo e descobriu que desde 20 de Novembro até ao próximo Sábado (27) está em curso o 7.º Festival de Jazz de Toledo, o qual conta com a actuação de Bernardo Sassetti.

O pianista português toca dia 26 em dueto com Javier Colina, considerado um dos melhores contrabaixistas da Europa. Quanto a Sassetti, o programa deste festival não se faz rogado ao falar dele, considerando-o «um dos pianistas e compositores mais destacados de Portugal».

Uma das maiores atracções internacionais deste festival é o saxofonista Johny Griffin.

A prometer fica a actuação de Marc Meier, apresentado como um cantor Berlinense protagonista do estilo cool.

19 de novembro de 2004

Esticar e alargar

«Jazz no País do Improviso!» estica-se e alarga-se na blogolândia.

Agradeço ao meu amigo Júlio Meireles o blink do seu www.esticate.blogspot.com aqui para a terra do jazz.

Valeu!

Aproveitamos a oportunidade para agradecer também a todos os demais blogs que têm feito o favor de nos blinkarem.

Made in April 1974!

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Este disco foi gravado, imagine-se, em 25 de Abril de 1974. Bem, e também em 24 de Abril.

Enquanto em Portugal os tanques ocupavam as ruas de Lisboa, Jarrett gravava com um trio de nórdicos encabeçado por Jan Garbarek.

Foi, também, há 30 anos.

A dica chegou-me através do meu amigo Pedro Veríssimo, um peritíssimo em música erudita, mas que também dá uns "toques" no jazz.

Feel free to share!

18 de novembro de 2004

Será que o jazz importa?

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Esta questão foi colocada por Dana Gioia na cerimónia deste ano da atribuição dos prémios do National Endowment for the Arts.

Gioia, mais conhecido pela sua faceta de poeta, proferiu um discurso sobre o empobrecimento cultural dos povos e a visibilidade da cultura e do jazz nos media, o qual nos parece actual e muito interessante e que bem podia ser endereçado à nossa comunicação social:

«Let me start by asking about something you said: "I want to expand the country's awareness of jazz, to use it to combat the cultural impoverishment that threatens us." How does the awareness of jazz combat cultural impoverishment?

You're asking a very big question so I'll give you a very big answer. I worry that we live in a culture where the number of things that we pay attention to gets smaller and smaller each year. We're surrounded by this nonstop intricate web of commercial, electronic entertainment, and it really focuses on about seven or eight things: politics, entertainment, weather, traffic, celebrities, sports and money. In the average week, local traffic gets more airtime than all the arts, education and ideas combined. I think one of the most important things that we can do is carve out some space in our society where other conversations can take place, other types of art can be presented.

I worry about the generation of Americans that are growing up now. My son Ted is 15, and I've tried really hard to make sure that he's exposed to a lot of things, but I see a lot kids-really smart kids, well-educated kids-and they know nothing about so much of life. They can probably name 200 baseball or basketball players, a hundred hip-hop artists and 200 television personalities, but they probably could not name a single living jazz artist, poet, painter, sculptor».

Subscrevo integralmente este discurso. Em Portugal, por exemplo, há uma excessiva (quase doentia) visibilidade do Futebol e do desporto em geral. A cultura, essa, raramente surge nos telejornais, a não ser quando morre algum artista de vulto ou quando alguém se despe em público e diz que está a fazer arte.

E, já, agora, quem é a Maria João Pires? E o Pedro Burmester?

Vai uma aposta que uma esmagadora maioria da população não faz a mínima ideia... Já nem falo em músicos de jazz.

[Este artigo pode ser encontrado na edição da revista «Jazz Times», de Novembro de 2004]

17 de novembro de 2004

Este já está!

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Como nem só de jazz vive o homem e, nomeadamente o autor deste modesto e humilde blog, lancei hoje um novo livro, de que já agora dou aqui nota, não vá interessar a alguém ligado à matéria.

«Inconfidências de Incomunicação» resulta de 10 anos de actividade profissional - como técnico, director e consultor de Comunicação Empresarial de algumas das maiores organizações nacionais e multinacionais - e consiste numa narrativa homorística e ilustrada das 15 histórias mais surreais de incomunicação por mim presenciadas.

Além disso, traça ainda o perfil dos principais interlocutores dos profissionais de Comunicação Empresarial, apresentando uma imagem caricatural dos Fornecedores, Directores Financeiros, Directores Comerciais, Directores de Recursos Humanos, Colaboradores e Jornalistas.

«Inconfidências de Incomunicação» é, pois, um projecto com um apurado sentido pedagógico, destinando-se fundamentalmente aos alunos de Comunicação, Marketing e Publicidade e a todos os que estão a dar os primeiros passos ou exercem actividade profissional nestas áreas.

A ilustração das estórias ficou a cargo de André Kano.

Mais detalhes em: www.inconficom.blogspot.com

E ao fim de 33 anos fez-se luz!

Foi preciso esperar 33 anos para perceber por que razão alguns exemplares lusos da espécie masculina deixam crescer a célebre unhaca do dedo mindinho.

Estava escrito que hoje era o dia da revelação...

Eu sei que isto não tem nada a ver com jazz, mas, como percebem, é um assunto que interessa a muitos portugueses que vivem com esta mesma interrogação...

Então passo a explicar:

1 - Os automóveis usam óleo no motor...
2 - O óleo é essencial para lubrificar...
3 - De x em x kms temos de mudar o óleo...
4 - Existe uma vareta para verificar o nível do óleo do motor...
5 - Não existe vareta para verificar o nível do óleo da direcção assistida...
6 - A unhaca serve para verificar esse nível!

Tudo isto existe, tudo isto testemunhei hoje na oficina. Como o nível do óleo não preenchia o comprimento total da unhaca lá fiquei a saber que tenho de comprar mais uns litros do dito cujo.

É ou não é útil e prático?!

Façam o favor de ser felizes!

16 de novembro de 2004

Quem puder que não falte!

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Ron Carter, um dos mais influentes e fluentes contrabaixistas da história do jazz toca em Guimarães no próximo dia 19 de Novembro.

Quem puder que não falte já que «Jazz No País do Improviso!» não pode, infelizmente, estar presente.

Ron Carter tocou com alguns dos mais importantes nomes do jazz, desde Chico Hamilton, até Miles Davis, passando, entre muitos outros, por Eric Dolphy, Thelonious Monk, Bobby Timmons, Cannonball Adderley e Art Farmer.

As estimativas do número de discos em que o contrabaixista participou variam entre os 500 e os 1000!

Da sua discografia como líder fazem, nomeadamente, parte os seguintes registos:

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Em Guimarães, Ron Carter apresenta-se em palco com Stephen Scott (piano), Payton Crossley (bateria) e Steven Kroon (percussão).

De recordar que a última vez que Carter passou por Portugal foi em 1992, quando actuou no Tivoli, integrado no grupo de homenagem a Miles Davis, com Herbie Hancock, Tony Williams, Wayne Shorter e Wallace Rooney.

15 de novembro de 2004

E a história do jazz em Portugal continua a mover-nos

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Apesar de agora «Jazz No País do Improviso!» não ter o tempo que desejava para dedicar ao livro sobre a história do jazz em Portugal, continuamos a trabalhar nesse sentido.

Hoje demos mais um passo decisivo ao entrevistar telefonicamente o trompetista Dizzy Reece, que tocou no Estoril e no Hot Clube nos anos 50.

Dizzy Reece foi de uma amabilidade extrema e as informações que providenciou foram muito úteis para perceber, nomeadamente, o papel de Luís Villasboas na promoção do Jazz em Portugal e algumas estórias de bastidores.

O bem que ela a canta!

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Nem só de belas e talentosas cantoras estrangeiras vive o jazz. Também em Portugal as há e Maria Viana é exemplo disso.

Ultimamente não nos sai do ouvido a canção «I've Got a Crush on You», interpretada por aquela que muitos consideram a Billie Holiday Portuguesa. A gravação está no CD «Entre Amigos», com o piano do Dr. Barros Veloso e um excelente solo de saxofone do Pedro Moreira.

I've Got a Crush on You

How glad the many millions of Jonathans and Williams would be to capture me
But you had such persistence, you wore down my resistance
I fell and it was swell

I'm your big and brave and handsome Romeo
How I won you I shall never, never know
It's not that you're attractive but, oh, my heart grew active
When you came into view

I've got a crush on you, sweetie pie
All the day and nighttime, hear me sigh
I never had the least notion
That I could fall with so much emotion

Could you coo? Could you care?
For a cunning cottage we could share?
The world will pardon my mush
'cause I have got a crush, my baby, on you

Could you coo? Could you care?
For a cunning cottage that we could share?
The world will pardon my mush
'cause I have got a crush, my baby, on you


Letra de Ira Gershwin e música de George Gershwin

14 de novembro de 2004

Viram?

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Não sei se viram, mas a Jane Monheit cantou há pouco em directo no Herman Sic.

«Honeysuckle Rose» foi o tema escolhido.

Não é uma cantora que me encha as medidas, mas enfim, a miúda tem algum talento.

Prefiro a Dianne Reeves, a Dee Dee Bridgewater ou mesmo a Diana Krall.

13 de novembro de 2004

Lá estaremos hoje, Terence!

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Terence Blanchard, trompetista, toca hoje à noite na Culturgest.

«Jazz no País do Improviso!» lá estará, tal como ontem em Kenny Wheeler.

Os bilhetes, esses, já estão esgotados há muito.

Foi você que disse crise no jazz?

Onde?

Stop this world!

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Quem o diz cantando é Diana Krall, em «The girl in the other room».

Stop this world, let me off
There's just too many pigs in the same trough
There's too many buzzards sitting on the fence
Stop this world, it's not making sense

Stop this show, hold the phone
Better days this girl has known
Better days so long ago
Hold the phone, won't you stop the show

Well, it seems my little playhouse has fallen down
I think my little ship has run aground
I feel like I'm in the wrong place
My state of mind is a disgrace

Won't you stop this game, deal me out
I know too well what it's all about
I know too well that it had to be
Stop this game well it's ruining me

Well I got too smart for my own good
I just don't do the things I know I should
There's bound to be some better way
I just got one thing more to say

And that is
Stop this game, deal me out
I know too well what it's all about
I know too well that it had to be
Stop this game well it's wrecking me

11 de novembro de 2004

Uma letra que não nos deixa indiferentes...

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«But For Now» faz parte do album «TwentySomething», de Jamie Cullum, e tem uma intensidade que não nos deixa indiferentes.

Aconselhamos vivamente a sua audição, como quem penetra em cada palavra e no seu significado.


BUT FOR NOW

Sure I know you'd like to have me
Talk about my future
And a million words or so to fill you in 'bout my past
Have I sisters or a brother?
When's my birthday, how's my mother?
Well my dear in time I'll answer all those things you ask

But for now I'll just say I love you
Nothing more seems important somehow
And tomorrow can wait come whatever
Let me love you forever but right now
Right now

Some fine day when we go walking
We'll take time for idle talking
Sharing every feeling as we watch each other smile
I'll hold your hand you'll hold my hand
We'll say things we never had planned
Then we'll get to know each other in a little while

But for now let me say I love you
Later on there'll be time for so much more
But for now meaning now and forever
Let me kiss you my darling then once more
Once more

But for now let me say I love you
Later on I must know much more of you
But for now here and now how I love you
As you are in my arms I love you
I love you
I love you

9 de novembro de 2004

500 euros e um smoking!

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Conforme «Jazz no País do Improviso!» revelou em primeira mão Woody Allen é a atracção do Casino Estoril para o reveillon de 2004/2005.

Pois bem, agora acabámos de tomar conhecimento do que é necessário para marcar presença neste evento único: 500 euros e um smoking!

Ou o Casino nos patrocina ou o nosso reveillon será bem longe das paragens do Estoril...

A banda que vem com Allen é composta, para além do próprio (no clarinete) por Simon Wettenhall (trompete), Jerry Zigmont (trombone), Cythia Sayer (piano), Eddy Davis (banjo, director musical), Conal Fowlkes (contrabaixo) e Rob Garcia (bateria).

Maria João e Mário Laginha na Aula Magna

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Maria João e Mário Laginha pegam na sua «Tralha» e apresentam-se ao vivo na Aula Magna, para uma lição de jazz e improvisação.

É no próximo dia 1 de Dezembro.

Entretanto, ficámos a saber da existência de um clube de fãs de Maria João, ao qual damos os parabéns e desejamos o maior sucesso!

Jazz, Filipe Melo e Zombies

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Já está nas salas de cinema o filme «I'll see you in my dreams», realizado pelo pianista e jazzmen Filipe Melo.

Exibido em complemento de «O Exorcista», chegou aos 33.000 espectadores no fim de semana de estreia.

Nada mau! Assim o Jazz tivesse tanto público...

E de que trata este filme? De jazz? Não. O site oficial de «I'll see you in my dreams» dá-nos a respectiva sinopse:

Numa aldeia inexplicavelmente assolada pela praga dos zombies, Lucio, um honesto trabalhador, é o único capaz de lhes fazer frente. Porém, tem problemas conjugais. Na cave da sua casa, esconde Ana, sua adorada mulher, agora transformada num horrendo demónio de comportamento violento. Esta situação é temporáriamente esquecida no bar local, onde os estranhos habitantes da povoação se refugiam. É aqui que, numa noite, Lucio redescobre o amor junto de Nancy, mas a relação é ameaçada pelas estranhas criaturas e pelos ciúmes mortais da sua esposa. Poderá Lucio acabar com todos os seus problemas à força da pistola e da catana?

O filme pode ser visto nas salas Lusomundo:

Almada - Warner-Lusomundo Almada
Aveiro - Lusomundo Glicínias
Braga - Warner-Lusomundo Braga Parque
Cascais - Warner-Lusomundo Cascaishopping
Évora - Lusomundo Alfa de Évora
Figueira da Foz - Lusomundo Foz Plaza
Lisboa - Warner-Lusomundo Vasco da Gama
Lisboa - Warner-Lusomundo Colombo
Lisboa - Warner-Lusomundo Olivais
Maia - Warner-Lusomundo Maiashopping
Matosinhos - Warner-Lusomundo Norteshopping
Montijo - Warner-Lusomundo Fórum Montijo
Odivelas - Warner-Lusomundo Odivelas Parque
Oeiras - Warner-Lusomundo Oeiras Parque
Vila Nova de Gaia - Warner-Lusomundo Gaiashopping
Vila Real - Vila Real - Lusomundo Dolce Vita Douro
Vizela - Cinema Lusomundo Forum Vizela

Jamie Cullum em DVD

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Já está nas lojas, incluindo em Portugal, o primeiro DVD do cantor Jamie Cullum, a grande sensação do jazz "made in England".

«Live at Blenheim Place» inclui um concerto de 90 minutos que teve lugar perante 10 000 pessoas(!) e ainda videoclips e um documentário. Os principais temas do concerto advêm, naturalmente, de «Twentysomething», o seu mais recente album para a VERVE/UNIVERSAL: I Get A Kick; Frontin'; Twentysomething; All At Sea; Old Devil Moon; God Only Knows; What A Difference a day Made; Why Do Today What You Can Do; Tomorrow; Next Year Baby; Wind Cries Mary; Lover, You Should Have Come Over; High & Dry/I'm Singing in The Rain; These Are the Days; I Could Have Danced All Night; But For Now.

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Já agora, o Palácio Blenheim é um edifício histórico com quase 300 anos. O seu nome deriva da batalha de Blenheim que teve lugar na margem norte do rio Danúbio, perto de uma pequena vila denominada Blindheim ou Blenheim.

Nesta batalha John Churchill, o primeiro Duque de Marlborough, sagrou-se vencedor contra o exército de Luís XIV, impedindo o domínio da Europa pela França.

Como recompensa, a Rainha Anne de Inglaterra comprometeu-se a custear a construção do palácio que existe actualmente, o que não viria contudo a acontecer devido a um complot urdido durante a ausência de John Churchill nas múltiplas guerras em que se envolveu posteriormente, levando à perda da sua influência junto do trono real.

Enfim, só um pouco de história para situar o local que, por curiosidade, serviu de berço a Sir Winston Churchill, em 30 de Novembro de 1874.

Jack Johnson Festival no Lincoln Center

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Realiza-se nos próximos dias 12 e 13 de Novembro, nas novas instalações do Jazz at Lincoln Center, no Rose Theater, o Jack Johnson Festival.

Neste âmbito serão visionados excertos do filme "Unforgivable Blackness: The Rise and Fall of Jack Johnson", obra produzida por Ken Burns e que retrata a vida do famoso boxeur negro norte-americano, o primeiro a Afro-Americano a conquistar o título de campeão de pesos pesados.

A sessão termina com a actuação do sepeto de Wynton Marsalis a interpretar a música que o trompetista compôs propositadamente para a banda sonora deste documentário, recriando o ambiente musical em que Jack Johnson cresceu.

Já agora, reparem no poster deste evento e nos patrocinadores que se juntaram em torno do mesmo... Por que será que em Portugal as empresas permanecem, na sua maioria, surdas e cegas relativamente ao jazz?

8 de novembro de 2004

Criada a Orquestra de Jazz de Lagos

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Com Direcção Musical de Hugo Alves, acaba de ser criada a Orquestra de Jazz de Lagos, formação composta por 16 músicos, a maioria deles oriundos daquela cidade.

De acordo com este trompetista «Este é o primeiro projecto de grande formação que vou dirigir. As minhas aventuras de Big Band terão começado a sério em 1995 sob a direcção de Zé Eduardo, em Faro. Era a "Big Band Jazz na Filarmónica". Funcionou como pode durante uns bons 5 anos, mas tudo tem um fim. Mal acabava e era convidado pelo Pedro Guedes para ingressar na "Orquestra de Jazz de Matosinhos", estávamos em 2001. Permaneci até Maio de 2004 sob a sua direcção e a de Carlos Azevedo. Em 2003 Jorge Costa Pinto (Lisboa) convida-me para a sua Orquestra e ainda lá continuo a grassar o jazz da west coast de grande formato».

Quanto a este projecto, explica Hugo Alves que o mesmo começou a ganhar forma ainda durante o I Festival de Jazz de Lagos: «Ainda decorria o evento e já alguns músicos lacobrigenses dados a estas coisas do jazz falavam-me: "Eh pá! Uma Big Band aqui é que era..." A pulga ficou atrás da orelha e tive de indagar se haveriam músicos. Já não sou conhecedor do meio. Já de lá saí há um bom par de anos. Mal regresso a casa depois do Lagos Jazz e telefonam-me a "descarregar" com mais de vinte nomes. Era o Duarte Costa, companheiro de muitos anos de música. Há matéria prima! Monte-se a fábrica! A ver...».

Era contudo necessário encontrar apoios: «Faço uma proposta á Câmara Municipal de Lagos que revela interesse no projecto. Contacto outras entidades oficiais. Dessas, interesse moral, algum... apoios, nem por isso... Outros nem respondem! O que não deixa de ser grave. Apronta-se uma reunião com os futuros membros (músicos). Tudo está a postos, e com manifesta e avidez vontade de trabalhar. O processo decorre na Câmara Municipal de Lagos, aguardando-se decisão. No entanto, e face á pronta cedência de uma sala por parte do Clube Artístico Lacobrigense (um dos mais carismáticos da cidade, diga-se!), marca-se o primeiro ensaio».

Agora que o projecto já é realidade pode ser consultado aqui.

«Jazz no País do Improviso!» dá os parabéns a Hugo Alves, sempre dinâmico e inovador!

Dee Dee Bridgewater em Porto Covo?

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Bom, é melhor não levarem à letra este título para não criarem expectativas.

Na verdade o que se passou foi que «Jazz No País do Improviso!», melhor dizendo, o seu autor, foi passar um fim-de-semana radical no Alentejo e levou a música de Bridgewater com ele.

Depois de dois dias a fazer canoagem, slide, paintaball e rapel, o almoço de Domingo teve lugar em Porto Covo (uma agradável surpresa ao nível da manutenção das fachadas das casas do centro e da sua impecável apresentação!) e terminou ao som de Dee Dee Bridgewater, isto porque este ano tive a felicidade de ter alunos e alunas que gostam da música que eu ouço.

É melhor aproveitar porque esta excepção não dura sempre... Por isso mesmo já me encontro em aturado processo de selecção de discos para partilhar, etc, etc.

;)

5 de novembro de 2004

Conselhos de Marsalis a um jovem músico de jazz

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Wynton Marsalis acaba de publicar nos EUA um novo livro.

«To a Young Jazz Musician : Letters from the Road» é um guia para a produção de boa música e foi escrito na estrada, "entre viagens em autocarro, sound checks e concertos", a pensar nos jovens músicos aspirantes a jazzmen.

Mais uma vez, Marsalis faz a apologia da humildade (é sempre bom recordar...), da persistência e paciência, da prática (treino instrumental) e da importância dos músicos desenvolverem um estilo próprio.

É, em suma, o testemunho directo de um dos mais talentosos jazzmen da actualidade, agora acessível a todos os que queiram aprender mais sobre jazz e improvisação.


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